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Cena Extra #2: Feliz 300 avaliações alcançadas! (essa cena virou um capítulo 🤣)



Cena Extra 2: We can share some love


Apartamento de Love Flores, dois meses depois do nascimento do pequeno príncipe.


POV Jenny


Às vezes, era tão difícil que Jenny sentia fisicamente uma dor que era claramente mental.


Foi difícil para o bebê dormir e, quando finalmente ele dormiu, foi difícil para Laís dormir e o choro dela era tão sentido que esmagava o coração de Jenny em vários pedaços. Cada lágrima dela lhe apertava por dentro de uma forma que não conseguia descrever e tudo era muito mais difícil do que elas três poderiam ter imaginado. Bem, na verdade, o bebê era complexo como o esperado, o inesperado mesmo havia sido a depressão pós-parto que atacou Laís assim que Jaime nasceu.


Era Jaime, como Jenny. Era Jaime Romeo Prada Flores e era um menino lindo, a cara da mãe biológica, não tinha nadinha do pai que elas já haviam esquecido. E tinha uma variação do nome de Jenny, mais o seu sobrenome como segundo nome porque os campos de uma certidão de nascimento não eram preparados para o que elas tinham. Então, oficialmente, aquela certidão continha o nome de Laís e o nome de Love, mas não era um problema. Documentos não estavam prontos para elas, mas nada estava, na verdade. Apenas naquelas duas semanas, já haviam tido dores de cabeça suficiente a respeito disso e, havia Laís.


Sofrendo intensamente, sangrando por dentro e por fora, cheia de sentimentos inesperados que ela não sabia de onde estavam vindo. Ela não queria estar passando por nada daquilo, é claro que não; mas se existe algo que não se controla, é como nos sentimos sobre as coisas. O sentimento apenas é; todos eles, de todos os tipos. E Jenny não fazia ideia de como haviam passado tanto tempo separadas na vida, quando claramente Laís era sua alma tão gêmea que conseguia sentir a dor dela.

Então a fez dormir e quando saiu do quarto, desabou nos braços de Love.

Ela tinha acabado de entrar, estava chegando do trabalho, linda demais, de jeans, blusa de botões, terninho preto por cima, cheia de sacolas de supermercado que ela colocou no chão imediatamente para abraçar Jenny.


— Ei, PIC, o que foi? O que aconteceu?

— Ela chorou muito antes de dormir, muito, muito mesmo. Está se sentindo mal, culpada e eu só queria… poder sentir metade por ela, Love — Disse, o rosto enfiado no peito de Love, as mãos pelos braços dela.

— Linda, deixa eu te contar uma coisa? Você já sente metade por ela — Respondeu, cheirando os cabelos dela um pouco mais.

— PIC...

— Essa dor toda que está em você é metade da dor dela, você fica com metade. Sei que nós três temos uma conexão ímpar, mas a conexão de vocês duas... eu nem sei explicar. Às vezes, parece que vocês são uma só — Falou sorrindo, a enchendo de carinhos — Olha aqui pra mim, onde está o nosso filho?


Jenny sorriu imediatamente. Estava assim desde o nascimento, chorando muito por causa de Laís e sorrindo sem parar sempre que falavam no seu menino. Que tinha o seu nome. Laís tinha lhe dado esse presente. Um filho lindo, com o seu nome, o que mais podia pedir?


— Está no quarto dele, dormindo, muito bonzinho.

— Vou ver ele e venho pra a gente comer alguma coisa, ok?


Jenny a puxou pelo terninho e a beijou, longamente, ficando na ponta dos pés, sentindo aqueles braços firmes ao redor da sua cintura, era tão bom.


— Amo tanto você.


Love deu uma olhadinha para o corredor dos quartos, sem a soltar.


— Vem aqui, vem ver o bebê comigo! — A arrastou para ver o bebê, sorrindo as duas, entraram no quarto e, lá estava o príncipe delas, dormindo muito tranquilo, tão lindo que elas nem sabiam — Quem diria que partilhar amor daria num filho tão lindo? — Love o cheirou um pouquinho, o tocou, com todo cuidado para que ele não acordasse.

— Um filho feito de amor, não podia ser diferente. Ele é tão tranquilo, Love.

— Ele não deu trabalho hoje?

— Laís dá mais trabalho que ele — Respondeu sorrindo, cheirando Love mais um pouquinho, adorava o perfume dela, a presença dela.

— Humm, mas agora os dois estão dormindo — Virou-se de frente outra vez, os braços enroscados naquela cintura — Nossa casa está silenciosa e — A fez subir no seu colo — Amo muito você, sabia? — Disse, beijando enquanto a carregava para fora do quarto. Jenny abriu um sorriso, toda agarradinha nela.

— Muito o quanto?

— Um tanto tão absurdo que eu nem sei explicar! — Chegou na sala e a deitou no sofá, caindo sobre ela, a enchendo de mais alguns beijinhos, pesando seu corpo sobre o dela e sentindo aquelas mãos pelo seu corpo, tirando seu terninho, as pernas envoltas da sua cintura e... Love parou. Parou, cheirou os cabelos dela, olhou naqueles olhos: — Fala pra mim, o que você quer comer?

— Love... — A beijou e beijou de novo, porque ela era tão sensível que Jenny nem sabia.

— Estaremos prontas quando estivermos prontas, ok?


E assim, Jenny chorou tudo de novo porque tinha a namorada mais linda do mundo.


POV Love


Era disso que Love estava falando, Jenny e Laís eram praticamente uma só, então se Laís não estava pronta, Jenny também não estaria. As coisas intensificaram no penúltimo mês de gravidez, Laís estava se sentindo feia (o que era algo muito grave para ela apesar de ser totalmente irreal, já que para Love e Jenny, ela estava, na verdade, mais bonita do que nunca). Mas estava insegura com sua aparência, muito indisposta, tudo incomodava e sim, sexo era a última coisa que estava passando pela mente dela e por tabela, pela mente de Jenny também.


E Love estava bem com tudo isso, de verdade estava, não estava indisposta e sim, sua libido seguia normal, mas sua atenção estava toda voltada para suas garotas. Tinha tanto para fazer, tanto por decidir, se mudaram para o seu apartamento, sua mãe permanentemente estava morando no Canadá, agora que tinha certeza de que Love não estaria sozinha nunca mais. Engraçado, tinha essa certeza muito plenamente dentro de si. Aquele bebê era seu, aquelas duas eram suas, o nome disso? Ainda não tinha, o sentimento apenas é como é; ele não pede permissão para ser ele mesmo.


Agora, olhando para aqueles dois últimos meses, dava para ver claramente que Laís estava entrando numa emoção diferente, que chegou sem que ninguém percebesse. Numa noite, estavam jantado, agarradinhas no sofá quando, de repente, ela disse que não se sentia ela mesma.


— É como se eu fosse outra pessoa e estivesse assistindo tudo isso, de fora deste corpo.


Pensando agora, deveriam ter dado mais atenção a esta frase, mas eram tão jovens, não sabiam de tudo o tempo todo. Elas cuidaram da casa, do quarto do bebê, de comprar uma cama kingzise e de colocar a cama antiga no quarto de hóspedes, sem desfazerem o quarto antigo de Love. Era comum que dormissem todas juntas e comum também que cada uma dormisse num quarto. Jenny era grudenta, mas Laís gostava de espaço e nada disso era problema. Love não tinha uma preferência, gostava de dormir com as duas, e gostava de dormir nos braços de Laís ou, com Jenny no seu peito, eram tantas alternativas possíveis que não tinha do que reclamar. E quando Jaime nasceu...

Foi a coisa mais linda de toda a sua vida. Foi lindo ver o sorriso de suas garotas, as lágrimas nos olhos dela e sentir aquela emoção tão grande brotando no seu peito e desaguando sem controle. Laís ganhou beijinho das duas, Jaime também, três choronas e um bebê lindo, que era delas, que elas mesmas fizeram.


Um bebê não deve ser feito em um ato sexual; deve ser, mesmo, feito em um ato de amor.


E então, Laís havia agarrado Love:


— Pega o nosso filho, PIC e... pega a Jen.


As duas desmaiaram ao mesmo tempo.


E sim, Love havia conseguido pegar o bebê, pegar Jenny e a cena foi tão inusitada que ainda riam disso todos os dias. E então, houve a dor que Laís vinha apenas sentindo sem verbalizar. Dois dias depois do nascimento, ela chamou as duas e contou tudo, do desconforto, do medo, da... rejeição. Não ao bebê, que era mesmo o seu príncipe, que ela amava profundamente, mas talvez, a ideia de ser mãe?


— Eu-eu... era uma universitária recém-formada, estava amando trabalhar, meu primeiro emprego e agora... eu não sei. Não sei ser mãe — Ela explicou, enquanto chorava muito — Como deveria estar me sentindo agora? As pessoas querem vir aqui, me ver, ver o bebê e eu só quero ver vocês.


Jenny e Love se olharam.


— Bem, você... — Love ia começar a dizer algo, mas não sabia muito bem o que dizer. Recorreu à Jenny novamente, um olhar bastava.


Ela segurou a mão de Laís e a beijou com carinho.


— Você não precisa.


E os olhos dela se iluminaram em alívio imediatamente.


— Você diz, sobre receber as pessoas? Você acha que posso, PIC?

— Pode. Você não tem que receber ninguém, vou receber as visitas no seu lugar, ok? Love e eu faremos isso, não fica ansiosa.


E foi assim que Love e Jenny se tornaram mães em tempo integral durante aquela semana de hospital. Tiveram que ficar uma semana toda, Laís não estava bem, os exames estavam todos disparados, precisavam cuidar dela e, Jaime não iria a lugar nenhum sem sua fonte de alimentação.


— Você me faz sentir como uma fábrica de leite, Jenny Romeo.

— Você fica... — Jenny estava colocando o bebê para mamar, não queria acordar Laís, mas ela acordou mesmo assim — Achando que o cálcio é só seu, é do meu filho também — Disse, a fazendo rir um pouquinho.

— Daí, acontece esse abuso aqui?


Ela lhe olhou.


— Quando sou eu agarrando esses peitos no meio da noite, você não reclama...

— Filho, você parece com ela, pensando aqui agora, é a mesma obsessão... — Disse, agora fazendo Jenny rir um pouco — Vem cá, PIC, fica aqui comigo, dorme aqui, não sai mais...


Foi assim o tempo inteiro. Laís não queria ficar sozinha e sempre queria Love ou Jenny, ou as duas. A relação com o bebê era... inesperada ainda. Ela o amamentava, mas quem fazia o resto era Jenny ou Love. Laís estava tendo ajuda psicológica, mas chegaram à conclusão de que o melhor a fazer era compreender e esperar. Os Romeo tinham feito uma permuta com os Prada, a troca de Gianni por Jenny seguia de pé e acordaram que, naqueles primeiros meses, ela trabalharia de casa.


E Love precisava trabalhar fora, sua licença fora de uma semana, os Estados Unidos não oferecerem licença parental remunerada, ela precisava voltar ao trabalho, o que foi bem difícil. Sentia falta de seu filho o tempo todo e queria ficar com ele a maior parte do tempo possível. E queria ficar com suas garotas, queria cuidar de Laís, ajudar Jenny, então, aqueles dois primeiros meses haviam sido apenas isso: correria, apego, muito choro, alguns medos, poucas horas de sono, mas muito carinho, muitos beijinhos e muita compreensão.


E bastava. Sobreviveram e sobreviveriam sempre.


Paris Baguette Bakery Café, quatro meses depois.


— Ok, então você tem um filho — Sua acompanhante estava tentando acompanhar o que Love estava dizendo.

— Isso, olha para ele! — Como toda boa mãe, mostrou uma das trezentas mil fotos do seu menino em seu celular.

— Como ele é lindo, Love!

— Muito lindo, não é?

— Muito! Ele tem quantos meses?

— Seis meses, fez ontem, fizemos uma festinha, olha — Mostrou outra foto e os olhos dela se iluminaram.

— Mas, só tem gente bonita perto desse menino, por isso ele é lindo desse jeito! Love, qual das duas é a mãe do seu menino?

— Pois então, as duas.


Ela lhe olhou com um ponto de interrogação enorme no meio da testa.


— Como assim as duas...?

— É que, nós três somos mães dele.


Pensamentos em processamento.


— E você namora...?

— As duas. Mas não é muito bem um namoro...

— Mas é...?

— Um relacionamento.


Mais processamento, a mente dela deveria estar quase explodindo.


— E elas sabem que você está aqui, tipo...?


Não exatamente. Mas saberiam em breve.


POV Laís


Era cinco da tarde quando acordou.


Abriu os olhos, se despreguiçou um pouco, procurou por seu menino, não, ele não estava na cama kingzise, deveria estar com Jenny e Jenny deveria estar... cuidado de tudo, enquanto Love não chegava. Até quando sentiria daquele jeito? Até quando ficaria tão distante de quem realmente era?


— PIC, você está acordada? — Ela perguntou, com seu menino no colo, parecendo acelerada com alguma coisa.

— Estou, babe, vem aqui, me dá ele aqui.


Jenny entrou, colocou o bebê no colo dela, a beijando na testa em seguida.


— Gianni e Brook estão vindo buscá-lo, vão ficar um tempinho com ele, você pode trocá-lo? Estou numa reunião...

— Com o bebê no colo?!

— É que ele acordou e bem, todo mundo sabe que tenho um filho pequeno, ele nem chora, não é, meu amor?


Ele riu, nunca chorava.


— Como que pode um bebê nascido do caos ser assim? — Laís o cheirou um pouquinho e pediu um minutinho só, precisava ir ao banheiro.


Foi, lavou o rosto, escovou os dentes e voltou para a cama.


— Prontinho, vai para sua reunião.

— Está bem! — Jenny a beijou na boca e...


Ela correu para a sala. Mas algo mordeu Laís por dentro, algo que não acontecia tinha um tempinho.


— Sua outra mãe é uma gostosa, filho, as duas são, falando nisso — Começou a trocá-lo, enquanto ele ria e mexia as mãozinhas — Escuta, eu sei que não sou a melhor mãe para você, sei que... tenho ficado devendo em muitas coisas, Jaime, mas uma coisa fiz certo: eu te dei a melhor família possível, filho. Você tem outras duas mães que te amam muito e tem a mim, bem mal-acabada ainda nisso de ser mãe, mas que te ama profundamente — Fralda trocada, passou a vestir o mini conjunto de moletom, porque estava fazendo frio em Nova York — Eu não estou pronta ainda como elas estão, mas vou ficar em breve, meu amor, eu prometo, viu? — Ele riu e agarrou a mão dela, como sempre fazia — Eu te amo muito, muito mesmo, filho — O pegou no colo, o pondo contra o seu peito com todo carinho — Me desculpe pela parte bagunçada da sua vida no momento, vou melhorar, ok?


Pronto, seu príncipe estava trocado, limpo e lindo e Brook e Gianni apareceram para sair com ele.


— Mas, até amanhã?! Pode ser só até meia-noite, Gianni.

— Nada disso, estamos levando mamadeiras suficientes e sabemos cuidar dele. Até amanhã! Dá tchau para sua mãe, príncipe!


E assim, aquelas duas foram embora com o seu menino.


E tudo ficou silencioso e meio vazio. Podia ouvir a reunião de Jenny, e ela estava linda, de minissaia, suéter largo, cabelos soltos, com um arquinho sobre os fios. Hmmm. Foi tomar banho e sentiu vontade de se tocar. Era como se seu corpo estivesse acordando devagar, fazia uns dias que estava assim, então se tocou, mas não encontrou exatamente... algo prazeroso, enfim, mas ao menos, sentiu algo. Se trocou, shorts jeans curtinho, um moletom, cabelos presos no alto e foi preparar o jantar. O que também era novo, mas deu vontade de fazer o jantar. Fez o jantar, deixou prontinho e, finalmente, a reunião de Jenny terminou.


— PIC, elas sequestraram o nosso filho!

— Eu sei, mas achei que você tinha permitido — Respondeu sorrindo.

— Claro que não, eu nunca fiquei tanto tempo longe dele — Ela cruzou os braços, claramente chateada e Laís só...


Foi pertinho dela, a puxou pela cintura, sentiu o cheiro do pescoço dela.


— PIC... — Jenny enroscou os braços pelo pescoço dela.

— Você é tão cheirosa, PIC...

— Muito cheirosa?

— Muito — A colocou contra a parede, a cercando com o seu corpo — Você sente a minha falta?


Jenny agarrou nos bíceps dela, Laís já estava definindo tudo de novo, havia voltado para a academia no segundo mês, a psicóloga disse que podia ajudar.


— Claro que sinto a sua falta — Jenny correu a boca pelo pescoço dela, a grudando inteira contra o seu corpo.

— Eu... ouvi você e a Love ontem a noite...

— A gente não queria, quero dizer, não era para...

— Foi gostoso ouvir. Pensei em ir para o quarto de vocês, mas nosso filho não deixou — Ela contou sorrindo.

— Então, você acha que...?

— Acho que você está uma gostosa — estapeou os quadris dela, por baixo da minissaia, agarrando aquelas coxas deliciosas que ela tinha — E que estou sentindo falta demais da minha mulher.

Jenny gemeu.

— PIC, diz de novo... — Pediu, toda agarrada nela, abrindo aqueles shorts jeans.

— O que você quer que eu diga de novo? — Laís a tirou do chão e a levou para o balcão da cozinha.

— Que sou sua, diz de novo...

— Ah, Jen, você é minha — A puxou pela nuca, pegando aquela boca gostosa num beijo decente porque, já fazia tempo demais que não a beijava da forma que ela merecia — É uma das minhas melhores coisas. Junto com o nosso filho, junto com a nossa Love. Obrigada, babe — Disse, correndo a boca pelo pescoço dela, deixando marca, arrancando o suéter que ela usava só de uma vez, a fazendo gemer demais.

— Pelo... pelo quê? — Jenny tirou o moletom dela e nem acreditava, estava sendo pega por Laís outra vez.


Laís a olhou nos olhos por um instante.


— Por estar do meu lado, por... ter entendido tudo.

— Laís, acho que... não há nada que venha de você, que eu não possa entender. Eu amo você, amo, amo...


Laís a pegou pela garganta e a beijou, a mantendo toda grudada em si e, sentindo seu corpo inteiro reagindo a ela.


— Eu te amo, hoje, mais do que todos os outros dias e eu sei que isso não vai mudar. PIC, acho que...


Jenny a tocou por cima dos shorts, a estimulando, a olhando nos olhos.


— Está excitada, estou te sentindo.

— E se eu não conseguir...? Porque, eu tentei no banheiro e...


Ela desceu do balcão e, se ajoelhou na sua frente.


— Caramba... — Laís se agarrou no balcão, suas pernas tremendo, coração acelerando, boca secando, a mesma sensação da primeira vez que esteve com Jenny e Love.

— Não tinha eu no banheiro — Desceu os shorts dela — Ah, PIC, eu senti tanto a sua falta...


***


Tudo estava escuro quando Love chegou em casa. Estava carregando um buquê de flores, doces para a sobremesa e...


— Fuck... — Foi agarrada por trás, por uma gostosa completamente nua, puxando seu cabelo perto da nuca, marcando o seu pescoço, UMA COISA.

— Você não chegava nunca — Laís tirou seu terninho, aquelas mãos enormes por dentro de sua blusa, do seu sutiã e Love já não sabia nem o próprio nome.

— PIC, espera, é que... — Foi calada por um beijo na boca, pela boca gostosa de Jenny, completamente nua também, nua e descendo pelo seu corpo, abrindo sua calça, tirando seus sapatos — Isso... isso é um sonho?


Jenny riu.


— Não é um sonho. Babe, você quer ou...? — Ela perguntou, com os dedos no seu botão, enquanto Laís não soltava o seu pescoço, os seus seios.


— Se eu quero? Sente, sente você...


Ela sentiu. Com a língua, assim que baixou sua calça, por cima de sua calcinha.


— Acho que você sentiu a nossa falta.


Não havia dúvida NENHUMA disso.


Love foi arrastada para o sofá, foi sendo despida pelo caminho, beijando a boca gostosa de Jenny, sentindo o beijo delicioso de Laís e quando elas se pegavam, bem na sua frente...


Lá estavam elas, beijando, sentindo uma a outra, os dedos de Laís dentro de Jenny e só era... uma coisa de assistir, uma coisa de sentir, ficou apenas de lingerie, sem conseguir desgrudar os olhos delas. E quando Jenny gozou, intensamente, enchendo aquela sala de gemidos, elas voltaram para perto, Jenny para suas costas e Laís, para entre as suas pernas.


— PIC...

— Eu sei que vocês sentiram a minha falta. Mas vocês não fazem ideia de como EU senti falta de mim — Ela disse sorrindo e então, mergulhou para entre as suas coxas.


Durou muitas horas, muitas mesmo, o que era muito delas, ter noites assim, onde mal colocavam a roupa de volta porque em breve, tirariam tudo de novo. Laís estava... faminta. Queria suas garotas e queria de várias formas, uma sommelier de posições e composições, porque as três gostavam de fazer e de assistir e foi tudo tão intenso que a mãe mais dedicada de Jaime, só lembrou dele umas cinco horas depois.


— MAS COMO ASSIM LEVARAM O NOSSO FILHO?!

— Acho que — Laís estava rindo — Talvez, eu tenha pedido pra Gianni um tempo... — Disse, enquanto devoravam uma pizza. Porque já tinham comido o jantar, mas seguiam com fome e assim, decidiram pedir uma pizza.

— Um tempo para...?

— Eu estou sentindo um tensãozinho tem uns dias já. Mas não iria funcionar se o Jaime chorasse no meio, então...

— Você estava voltando à vida e não disse para a gente! — Jenny não estava aguentando.

— Vai que desse errado, sei lá, eu fiquei tão esquisita esses meses — Daí, deu uma olhadinha para Love, ela estava... esquisita — Ok, fala de uma vez.

— Falar tipo...?

— Love, não é de hoje que estamos juntas, tá? Conheço essa sua cara. Vai, fala, quem é a vagabunda de agora?

— COMO ASSIM VOCÊ TEM UMA VAGABUNDA NOVA? Nosso filho tem meses, Love! — Jenny se revoltou.

— Vocês querem parar? Eu ia falar as coisas de outro jeito...

— Mas como que pode, ser tão vagabunda assim? — Laís estava rindo, nem conseguia ficar irritada.

— É culpa da sua mãe, sabia?! Coloca o nome da garota de Love e você cresce assim, uma vagabunda amorosa demais...

— Vocês querem ouvir? — Love estava rindo também, era sempre um caos — Eu não estou saindo com ninguém, mas tem algumas semanas que, eu estou atrás de alguém para cuidar do Jaime junto com a gente.


E aquilo pegou as duas de surpresa.


— Cuidar do Jaime...?

— Sim, uma babysitter. Tenho visto referências, conheci umas quatro candidatas, mas no final, essa semana, uma prima minha chegou na cidade e, ela está precisando de trabalho. Vi as referências, ela já cuidou de outras crianças, o que vocês acham? A Jenny precisa de mais tempo para o trabalho e, se tiver alguém com o Jaime ao menos por umas seis horas, você pode tentar voltar para seu trabalho, PIC — Disse para Laís.


As duas se entreolharam.


— A gente achava que... você estava conhecendo uma namorada.

— COMO ASSIM, VOCÊS DUAS ACHAVAM...? — Começou a rir — E nenhuma das duas ia me dizer nada?!

— Ah, é que já aconteceu antes e...

— Aconteceu antes de a gente ter um filho, hum? — Pegou as mãos das duas, deixou beijinhos — Eu só consigo pensar na gente, só consigo pensar no nosso filho, esse que tem o meu sobrenome e o seu nome, Jen. Sei que a Laís quer voltar a trabalhar, eu acho que isso pode ser ótimo para tudo, é importante que a gente tenha também a nossa vida de volta e isso é todas nós, não pode ser só para mim ou só para Jenny, PIC — Fez outro carinho em Laís — Marquei uma entrevista com ela para amanhã, podemos fazer isso juntas, ok?


Era por tudo isso que Love Flores, sempre seria o fruitcake delas.


Tiveram a noite mais gostosa possível, onde mal dormiram e, quando o fizeram, foi bem juntinhas, na cama kingsize, onde elas dormiam tão agarradas que até sobrava espaço. Isso até Laís decretar que faltava espaço e rolar para a ponta da cama, onde Jenny não conseguia alcançá-la, e foi gostoso mesmo assim. Teve gosto... delas. Algo que as três estavam com saudades. Era isso, Laís parecia de volta para si e quando vieram devolver seu filho pela manhã...


Estava derretendo de saudades. Ela e suas duas garotas. Que ficaram até ele chegar, mas precisavam sair. Jenny tinha uma reunião presencial e Love tinha que ir trabalhar, mas não saíram antes de Jaime chegar. Fariam a entrevista com a babysitter mais tarde e Laís estava... flutuando numa sensação boa outra vez, tanto tempo depois.


— Então, tudo foi...? — Gianni perguntou, enquanto tomavam café juntas.

— Perfeito. Acho que... — Laís estava brilhando, não parava de sorrir — Voltei pra mim, Nini.


Sua irmã respirou muito fundo.


— Confesso que nunca achei que isso pudesse dar certo, mas de alguma forma... aqui estão vocês. Juntas, fortalecidas, uma... família.


Laís sorriu, não estava conseguindo parar de sorrir.


— Eu as amo muito, Gianni. E sei que elas me amam e que a gente ama esse principezinho aqui mais do que qualquer coisa. Eu ainda não sei muito bem como será a nossa vida, mas sei como está sendo agora e, não falta nada. Nem tesão, nem compreensão, menos ainda amor. Amor é o que menos falta.

— Tem tanto que, sempre dá para ser compartilhado.


Esta era a maior verdade de todas.

  

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NOTAS DA AUTORA:


Como prometido, cena extra 2 liberada, pois batemos a marca de 300 avaliações na Amazon! E cena não, né? Acabei me empolgando e a cena extra virou um capítulo inteiro dessas três que, roubaram muitos corações durante a leitura de Skips, Drops!


Espero que tenham curtido, deixem nos comentários o que acharam!


Grande beijo!


Tessa


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