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The Reira's Library: Talk Dirty With Me


Capa The Reira's Library
Capa The Reira's Library

Parte 1: Controle



Jude ajustou suas lentes de contato, tocando a própria pálpebra, tentando fazê-la retornar ao encaixe perfeito.


Estava analisando o contrato que havia acabado de receber via e-mail. A cidade de Singapura brilhava de maneira quase futurista pela janela da cobertura do apartamento onde estava morando há pouco mais de duas semanas. Era uma cobertura dupla: o quarto ficava no andar de cima e tinha uma varanda; a cozinha e a sala conjugadas ficavam no andar de baixo, que também tinha uma varanda. Porém, não ousava abrir: sua cobertura ficava a quase cem metros de altura. Jude sempre havia sido fascinada por prédios altos. Na verdade, era fascinada por vistas deslumbrantes e, quanto mais alto conseguia ir, mais podia ver. Por isso, adorava morar em coberturas. Mas, ao mesmo tempo, temia a altura. Temia olhar para baixo, ainda que protegida, e um instinto desconhecido a fizesse saltar. Temia, particularmente, esses seus instintos desconhecidos e tinha plena consciência de que muitos viviam dentro de si, se digladiando por uma única oportunidade de tomar o controle.

Por isso, era tão obcecada por controle.


Terminou de ler o contrato. Era parecido com os outros, mas também diferente. Parecia meio vago e, no negócio em que atuava, um contrato vago podia ser um grande problema. Ligou para sua manager. Explicou suas dúvidas enquanto preparava o seu banho. Tinha uma deliciosa e confortável banheira em seu apartamento, um dos luxos que não abria mão. Um belo banho relaxante era praticamente parte do seu ritual para garantir uma boa performance de trabalho.


— Mas o que mais me chamou a atenção mesmo é que não tem o nome dele no contrato.

— É um cliente que prefere manter as coisas bem privadas, mais privadas do que o habitual. Mas chequei as credenciais, está tudo em ordem. Você estará em segurança.

— Suzumi...

— Confie em mim. Eu já te deixei em alguma situação de insegurança antes? Eu sempre checo os seus clientes.


Jude respirou fundo.


— Eles, normalmente, gostam que eu diga o nome deles. Eu não ligo muito para isso, mas é meio que um padrão que se repete.

— Acho que ele preferiu guardar isso para quando se encontrarem pessoalmente. Você notou onde estará hoje?

— Eu ainda não li as instruções.

— Você estará no Marina Bay Sands.


Os olhos de Jude se iluminaram.


— Aquele hotel superluxuoso...?

— Esse hotel, com todas as lojas de luxo, o cassino, os restaurantes de chefs famosos, os quartos ultra exclusivos. Este cliente é... diferente, Jude. Ele me perguntou coisas pessoais sobre você. Quis saber que marcas você gosta, qual seu tipo de restaurante preferido, que vinho prefere tomar, perguntou o seu carro favorito, que número você calça, o tamanho que veste. Isso é bem diferente, você não acha?


Jude pensou sobre aquilo, já ficando nua e entrando em seu banho quente. As pernas firmes, com músculos delicados e cintura esguia, os seios perfeitos.


— É bem diferente. Você sabe o que ele faz?

— Aparentemente, é CEO de uma empresa de tecnologia, acho que é japonês. O nome dele não está no contrato, mas conversei com um Mr. Aoki. Imagino que seja o nome dele.

— Você buscou por este sobrenome?

— Sim, cruzei uma pesquisa com o sobrenome e empresas de tecnologia, encontrei uma companhia, a Echo Tech, baseada em Nova York. Você estará segura, Jude.

— Ele foi bem vago no que faremos. Está descrito apenas “sexo consensual”.

— Mas isso é bom, não é? Significa que você não fará nada contra a sua vontade.


Jude Ríos era uma escort de luxo. Uma acompanhante de altíssimo padrão que trabalhava dando prazer aos seus clientes em troca de muito dinheiro. Era um negócio muito bem organizado: Jude tinha Suzumi, sua manager, a quem os clientes em potencial procuravam para contratá-la por uma noite. Suzumi, além de sua manager pessoal, trabalhava para uma agência de inteligência importante e tinha acesso a um banco de dados valioso. Por isso, ela sempre conseguia checar cada cliente com muita precisão. Cliente checado, trabalhava em contratos de prestação de serviços, onde cada coisa que Jude devia fazer era muito bem especificada. Todos continham uma cláusula muito importante: os contratos eram individuais e válidos apenas para uma única noite. Ainda que o cliente quisesse pagar por um novo encontro, não era possível. Jude não repetia homens, e isso impedia os problemas de apego ou de clientes apaixonados por ela.


Não que uma única noite fosse totalmente eficaz contra paixões, mas, ao menos, conseguia ter mais controle sobre isso. Outra coisa é que nunca ficava muito tempo em um mesmo lugar. Era agosto e, apenas naquele ano, já havia estado em quinze países diferentes. Preferia assim: sem raízes, sem repetições, sem clientes fixos. Para ela, na verdade, os clientes mal se distinguiam uns dos outros. Nunca guardava rostos, nunca lembrava o que haviam conversado. Dificilmente um homem atraente a contratava. Não era por nada, mas, ao contrário do que os livros eróticos contavam, um CEO atraente era a coisa mais difícil de se encontrar. Homens bem-sucedidos podiam ser bonitos, claro que sim, conhecia muitos que eram, mas homens bem-sucedidos ao nível de conseguirem pagar uma noite com ela estavam em outra esfera.


E, sim, geralmente, milionários eram feios.


Jude sempre havia lido muito, todo tipo de literatura, mas, nos últimos anos, havia se voltado para a literatura adulta e tinha um livro erótico preferido. E, na sua mente, todos os clientes eram aquele protagonista. Aliás, uma das coisas que gostou de ouvir sobre o cliente daquela noite era justamente que ele fosse provavelmente japonês, tal como o protagonista desse seu romance preferido. O avatar da capa era um modelo lindo, de longos cabelos compridos, corpo firme, olhar penetrante. Usava um terno sem gravata e segurava a protagonista pela cintura, uma cena clássica, mas que sempre funcionava. Já havia lido esse mesmo livro umas trinta vezes e não se importava: gostava da narrativa, onde sabia exatamente tudo o que ia acontecer, mas, ainda assim, sentia-se ansiosa a cada página virada.


Não, seu último namorado tinha sido ainda na adolescência; devia ter dezessete, dezoito anos. Depois disso, nunca mais se interessou por ninguém e, quando entrou para este mundo das acompanhantes de luxo, o sexo deixou de ser algo sensual. Não sentia absolutamente nada com cliente nenhum. Seus gemidos eram falsos. Os orgasmos? Todos falsos. A conversa interessada também era fake, o que a fazia, em determinados momentos, se sentir quase como uma atriz. E era uma boa atriz, por isso era tão bem paga. Jude havia substituído sentimentos por metas. Gostava de ser sozinha, gostava da sua liberdade intocável, gostava de ser a única responsável pela sua própria vida.


Às vezes, sentia falta de ter alguém para fazer coisas simples, como sair para jantar ou ir ao cinema, mas, na maior parte das vezes, apenas se sentia grata por poder fazer tudo isso por ela mesma e com seu próprio dinheiro. Em março daquele ano, havia feito um cruzeiro inesquecível sozinha: uma travessia que durou mais de vinte dias, onde saiu da Colômbia, seu país natal, e foi até as Ilhas Gregas. Não ficou com ninguém, apesar de ter flertado bastante. Os flertes eram mais interessantes do que o sexo para ela, e ter o poder de dormir e acordar sozinha em sua cabine de luxo foi algo que amou fazer. Recarregou suas energias e seu foco.


E qual era o seu principal foco, no final das contas? Jude queria ser milionária antes dos trinta, e já estava com 29 anos. Não faltava muito para o seu primeiro milhão e, quando chegasse lá, pensaria no que queria fazer. Aquela vida já era automática, mas precisava admitir que andava cansando. Talvez pudesse parar e abrir um negócio com Suzumi, algo relacionado à moda. Gostava tanto de moda. E gostava de coisas caras: bolsas exclusivas, joias valiosas, vestidos que valiam uma pequena fortuna. Se isso não fosse algo que viesse tão de dentro de si, talvez não tivesse se tornado uma viciada em dinheiro. Mas, enfim.


Checou o horário. Era melhor se apressar. Desligou com Suzumi e foi se vestir. Escolheu uma lingerie específica, preta, justa, e passou um tempo considerável decidindo entre um mini dress preto ou outro. Sempre vestia preto. Era a sua cor: era sexy, destacava seu corpo cheio de curvas e iluminava os traços perfeitos do seu rosto. Pronto, encontrou o vestido: um Christopher Esber, semblance tulle dress, o que significava que era justo, curto e cheio de transparências. Mas isso seria apenas para o seu cliente. Ajustou as mangas longas do vestido, fez uma trança, deixou sua franja comprida levemente desgrenhada, calçou seus stilettos altos e colocou um casaco preto por cima, um do mesmo comprimento do vestido. Tinha uma fileira dupla de botões e um cinto largo, que ela fechou totalmente.


Colocou suas joias, escolheu uma bolsa e optou por uma clutch da Chanel, uma de suas preferidas. Geralmente, quando viajava, Jude levava uma mala apenas para suas bolsas e, sempre que retornava, tinha mais bolsas do que antes. Amava bolsas de luxo. Nunca achava que tinha o suficiente.


Aplicou seu perfume, Dolce Vita, checou sua maquiagem — estava impecável — e então recebeu uma mensagem. Número desconhecido.


“Seu motorista a espera.”


Jude encarou aquela mensagem por um momento. Não havia nome, mas tinha certeza de quem era.


“Como conseguiu o meu número?” Perguntou, já pegando a bolsa e descendo as escadas.

“É um dos meus talentos. Por favor, não se sinta invadida, irei deletar seu número depois da nossa noite. Só quero saber se você gostaria de jantar antes. Este hotel tem ótimos restaurantes.”


Jantar? Saiu de seu apartamento e pegou o elevador.


“Desculpe, jantares não estão inclusos.”

“Mesmo que seja no quarto? Talvez você não queira ser vista comigo, entendo isso.”


Acabou sorrindo e respondeu de volta:


“Geralmente, são os clientes que não querem ser vistos comigo. Que carro você enviou?”

“É um Rolls-Royce Phantom. Está parado na entrada do prédio.”


Jude guardou o celular e, assim que passou pela portaria do prédio de luxo, lá estava ele: o Rolls-Royce parado. Não era como se não desse para ver; era um carro simplesmente sexy e, quando se aproximou...


O motorista desceu. Bem, a motorista desceu.


Levou um tempo para absorver a estranheza de ser uma mulher. Sim, geralmente seus clientes mandavam motoristas para buscá-la, mas sempre homens. Era a primeira vez que uma mulher surgia para essa missão. E ela era...


Bem atraente.


Ok, talvez Jude tivesse mesmo uma queda por asiáticos, mas a mulher que desceu era muito bonita. MESMO! Tinha longos cabelos escuros, soltos, e olhos perfeitamente angulados e simétricos. Aliás, ficou com a sensação de que, se riscassem fórmulas de proporção de beleza naquele rosto, os resultados seriam precisos. Ela vestia uma camisa de botões branca, perfeitamente colocada dentro da calça jeans, com os primeiros botões abertos, revelando um pedaço do colo. Por cima, usava um terninho que, com toda certeza, era francês — dava para perceber pela precisão do corte. Os punhos da camisa branca estavam virados para fora, sobre os punhos do terninho, criando um efeito despojado e elegante. Usava tênis brancos nos pés e veio gentilmente abrir a porta para Jude. A porta se abriu ao contrário, um clássico do Rolls-Royce.


— Boa noite, senhorita Ríos. Irei conduzi-la até o seu destino.


Jude olhou bem para ela. Ela era cheirosa. Cheirava muito bem, daquele tipo de mistura de cheiros que apenas mulheres conseguiam ter: o shampoo era cheiroso, o creme de corpo também. O perfume? Caro, gostoso e intrigante.


— Gardênia? — Perguntou, antes de entrar no carro. Ela sorriu.

— Como...?

— O seu perfume é Gardênia da Chanel, não é?

— A senhorita tem um ótimo olfato. É Gardênia, sim.


Interessante. Um Chanel Gardênia custava mais de quinhentos dólares. Jude se perguntou como uma motorista podia ganhar tão bem. Enfim, entrou no carro. O couro branco dos bancos era lindíssimo e tinha um cheiro muito particular: o aroma de couro novo misturado com o floral branco suave do Gardênia. Era um carro espaçoso, com um vidro que dividia os bancos de trás dos da frente. A motorista entrou, colocou o cinto e acionou um botão:


— Senhorita, há um botão que libera o seu microfone caso queira falar comigo. Ao lado dele, há outro botão que controla a opacidade do vidro. É uma suíte privativa; a senhorita tem o controle. Tem champagne, caso queira, e nosso itinerário até o hotel, com o trânsito atual, deve levar mais ou menos trinta minutos.


Jude localizou os botões com os olhos e acionou o microfone.


— Perfeito.


Ela soltou o botão, colocou o cinto de segurança e apertou o botão de opacidade, fazendo o vidro começar a escurecer.


Elas se olharam nos olhos pelo retrovisor até o vidro ficar completamente opaco. A tal suíte privativa era mesmo privativa: silenciosa. Quando os botões do microfone estavam desligados, Jude podia ouvir até seus próprios pensamentos. Pensou em pedir que colocasse uma música, mas decidiu ouvir seus pensamentos.


Ok, de onde conhecia aquela mulher? Por que o rosto dela parecia tão familiar? Jude era uma grande apreciadora da beleza — não gostava de mulheres, mas sabia apreciar a beleza feminina — e um rosto como aquele não esqueceria. Seria local? Trabalharia para o tal Mr. Aoki em sua equipe mais próxima?


Já estavam em movimento. As luzes do carro haviam se apagado, mas Jude decidiu acendê-las novamente. Não eram luzes comuns; eram pontos delicados no teto, algo refinado e bonito. Então, apertou o botão, fazendo o vidro se tornar transparente novamente, ao mesmo tempo em que acionava o microfone.


— De onde eu conheço você? — Perguntou diretamente.


Ela sorriu.


— Não sei. Acha que a gente se conhece?

— Acho que sim — Jude comentou, ajustando-se no banco. As pernas se cruzaram, e os olhos da motorista foram para as suas pernas, por um segundo, mas foram — O seu rosto não me parece estranho.


Ela sorriu. E, sim, tinha um sorriso lindo, perfeito.


— Podemos ter nos visto pela cidade.

— Talvez na Dior, onde você comprou esse terninho...?


Mais olhos nos olhos.


— Você costuma comprar em Orchard Road também?

— Visitei Orchard Road faz uns três dias. Foi onde comprei o Christopher Esber que estou usando hoje. Qual é o seu nome?


Mais um daqueles sorrisos bonitos que ela dava. Os olhos seguiam atentos no caminho. A cidade de Singapura passava pelo para-brisa: estonteante, luxuosa, alto padrão.


— É Vita, senhorita.

— Vita, italiano?

— Italiano, como o seu perfume.


Sorriso de Jude.


Dolce Vita.

— Este.


Jude não movia os olhos de cima dela.


— Esse vidro baixa?

— Esse que nos separa?

— Este. Ele baixa?

— Baixa, tem um botão ao seu lado que... — Não precisou concluir, Jude já tinha baixado o vidro — Esse botão.

— Quero ouvir a sua voz diretamente.

— A minha voz?

— Posso não estar conseguindo saber exatamente onde nos encontramos neste momento — eu provavelmente estava meio bêbada — mas a sua voz... tenho certeza de que já ouvi — Ela tinha uma voz grave, densa, gostosa.

— Então, não apenas nos vimos, como conversamos.

— E você sabe exatamente onde e como foi. Ok, você não é motorista.


Ela riu.


— Eu tenho carteira internacional de habilitação, então, tecnicamente...

— Você sabe para qual serviço está me levando?

— Sim, senhorita.

— E você é o que para o tal do Aoki? É esposa dele?

— Esposa?

— Eu não faço casais. Essa tática de me deixar falar com a esposa gostosa nunca funciona, e é bem batida.


Vita riu.


— Me achou gostosa?


Olhos nos olhos, de novo.


Bem gostosa. Mas não faço mulheres.

— E por que não?


Jude a olhou.


— Onde tem champagne?

— Ah, sim, só um segundo.


Vita encostou assim que possível. Desceu do carro, deu a volta, abriu a porta de trás, se abaixou e encontrou um compartimento sob o banco. Aqueles olhos angulados pararam nas pernas de Jude outra vez.


— Gostou muito da vista, não é?


Vita apertou os lábios.


— Fui indiscreta?

— Ou os meus olhos, que são bem treinados — Ela abriu o champagne com muita habilidade, serviu uma taça, que também estava no compartimento sob o banco, e entregou para Jude. Em seguida, puxou outro compartimento na frente dela, atrás dos bancos dianteiros, e colocou o champagne em um balde de gelo. Tudo com muita destreza. Vita parecia ágil com as mãos.

— Com licença — Fechou a porta, deu a volta e ressurgiu no banco do motorista. Jude provou o champagne.

— Dom Pérignon.

— Muito bom, não?

— É o meu preferido. Então, não faço mulheres porque somos complicadas. Não acho que teria habilidades suficientes. Já é bem difícil me fazer gozar; imagino se eu tivesse que tentar isso em outra mulher. Não seria tão bem paga — Disse, e ela riu, uma risada gostosa, espontânea — Não seria bom negócio, entende?

— Entendo. Mas não sou casada.

— E nem é motorista.

— Digamos que não seja.

— Então, por que o Aoki mandou você?

— Para buscá-la. Achou que... seria mais seguro se eu viesse.

— E é você quem vai me levar de volta pra casa?


Outro sorriso dela.


— Se assim a senhorita desejar, levo sim.


Tinha gostado dela. E estava com aquela ideia martelando na cabeça: a conhecia, tinha certeza de que a conhecia, e certeza de que deveria estar bêbada quando se encontraram. Havia saído há umas três noites, nessa onde foi até a Orchard Road, fez compras e acabou bebendo um pouco demais. Lojas de luxo sempre serviam bebidas, e achava que tinha passado, e muito, do ponto. Tinha chegado em casa em segurança, mas metade da noite havia sido apagada da memória. Devia ter sido naquela noite, e precisava descobrir, ou isso não a deixaria dormir.


Bem, teria que ficar para depois do trabalho, porque, durante a meia hora que levou até o Marina Bay Sands, não conseguiu tirar muita coisa dela. Se chamava Vita, tinha trinta anos, falava alguns idiomas, tinha dedos longos que giravam o volante daquele Rolls-Royce de maneira bem sexy. Ela dirigia relaxada, sorria bastante; a voz era gostosa mesmo. E os olhos passeavam pelas pernas de Jude sempre que possível. Era isso: o flerte era gostoso; o sexo, por outro lado, havia perdido o gosto. Contra a vontade de Jude, chegaram até o hotel.


Parte 2: Consensual

 

As três torres imponentes do hotel acenavam mesmo de longe; o navio pousado sobre elas era sexy, luxuoso, visualmente impactante. Aquele devia ser o hotel mais caro de Singapura. As diárias nos melhores quartos chegavam a custar mil e duzentos dólares — Jude havia checado. Queria passar uma noite naquele lugar antes de ir embora. Pronto, haviam chegado. Sua motorista parou o carro na entrada do hotel e pegou um cartão magnético.


Sands Signature Suíte. O número do quarto e o andar estão aqui. Seu check-in já foi realizado na recepção, a senhorita pode subir direto e entrar sem bater.

— Ok, você vai estar aqui quando eu descer?


Outro sorriso.


— Prometo que a levo pra casa.

— Podemos jantar antes?


Vita apertou os lábios.


— Com toda certeza.


Sorriso de Jude. Então, o valet abriu a porta e Jude desceu, se ajustou, desamassou o casaco, ajustou a trança. Deu boa noite ao valet e entrou. O hotel era tão deslumbrante quanto esperava. Já havia estado no shopping do complexo, na Dior, onde achava que podia ter encontrado Vita. Sabia bem que ela tinha ficado interessada nas suas pernas, mas Jude só queria descobrir de onde se conheciam e ter alguém para conversar. Vita parecia inteligente, era atraente, charmosa. Podiam ser amigas; também seria interessante ter alguém para sair pra jantar enquanto estivesse em Singapura.


Caminhou para o elevador, sabendo que estava levando olhares com ela. Homens, mulheres, acompanhados ou não, a seguiam com os olhos de maneira magnética. Suas curvas nunca passavam despercebidas; seu rosto único também não. Pegou o elevador panorâmico até o andar cinquenta e um, conforme indicado no cartão. Alcançou o andar, buscou o quarto correto, passou o cartão e a fechadura ficou verde. A porta se abriu.


Bem, o quarto estava completamente escuro, mas, como o enorme painel de vidro com vista para a cidade estava descortinado, havia uma penumbra. A luz entrava de alguma maneira. Havia uma sala de estar, com sofá, poltrona, mesinha de centro e, mais atrás, o quarto em si, com uma cama enorme, gigantesca. Amava camas grandes. Havia também um bar, uma pequena copa, obras de arte nas paredes, tons sóbrios, elegantes e, aparentemente, ninguém ali.


— Mr. Aoki? — Chamou algumas vezes, andando pela enorme suíte.


Olhou em todos os cômodos, inclusive no banheiro, que tinha uma banheira que parecia deliciosa. Poderia tomar um banho antes de ir pra casa, relaxar, caso seu cliente fosse mesmo gentil. Vita disse que ele era, que podia ficar tranquila e relaxada, que a noite seria agradável.


Bem, realmente estava sozinha. Então, retornou para a sala, mandou uma mensagem para Suzumi informando a situação estranha. E daí lembrou que ele havia lhe enviado mensagens antes. Escreveu para ele, informando que já estava na suíte, perguntando se estava tudo bem, se deveria esperar.


“Chego em cinco minutos, perdoe o meu atraso.”


Hum, ele parecia gentil mesmo. Então, respirou fundo, apreciou a vista para a cidade mais uma vez. Pensou que deveria ter pedido o número de Vita, só algo que passou pela sua mente. Com toda certeza, antes dos cinco minutos pedidos, a porta da suíte se abriu.


Jude se virou para trás. Seus olhos lutaram para se ajustar à luz que entrou do corredor, cegando-a momentaneamente. Quando a porta foi fechada de novo e seus olhos se adaptaram à claridade...


— Vita? Algum problema?


Era ela. Mas a energia estava... diferente.


Vita entrou, colocou a bolsa de mão da Dior sobre a mesinha de centro, desdobrou as mangas da camisa e tirou o terninho.


— Levou mais tempo do que eu esperava para subir. Desculpe o atraso.


A expressão de Jude mudou imediatamente.


— O que você quer dizer com isso?


Olhos nos olhos. Vita caminhou para o bar.


— Temos Château Margaux e chocolates Debauve & Gallais, seus preferidos, não? — Ela disse, pegando uma garrafa de vinho e uma caixa de chocolates, voltando para a sala. Jude não estava entendendo nada.

— Vita, onde está o meu cliente?

— Bem aqui — Respondeu, colocando tudo na mesinha de centro e pegando um abridor de vinho — Vita Aoki, é um prazer conhecê-la.

— Vita, eu te disse que não faço mulheres.

— Eu sei que disse — Abriu o vinho de maneira muito sexy. Os dedos longos, a postura elegante — Por isso não falamos sobre isso no carro. Pode se sentar pra gente conversar?

— Escuta, eu não sei como você conseguiu convencer a Suzumi desse contrato, mas eu realmente...

— Não chupa bucetas, apenas paus, com essa boquinha linda que você tem. Estou ciente.


Anf, ela falava sujo, bem do jeito que Jude gostava. O que a fazia ler tantos livros adultos era o tanto de diálogos sujos que encontrava neles. Os diálogos a deixavam molhada, mais do que as cenas de sexo em si.


— Se você está ciente, o que estamos fazendo aqui?


Vita apontou a poltrona à sua frente novamente.


— Estamos conversando. E quero que beba uma taça do seu vinho preferido comigo. A porta está destrancada, você pode ir embora a qualquer momento. Nosso contrato diz “sexo consensual”; nada que você não queira vai acontecer aqui.


Jude não se moveu. O olhar parecia altamente incerto. Então, Vita se moveu, abriu sua bolsa cara, tirou uma carteira lá de dentro e algumas notas de cem dólares. Mais de vinte, com toda certeza.


— Podemos conversar?


Jude olhou para o dinheiro e depois para ela. Hum, com aquelas notas, já podia pagar uma diária naquele hotel ou comprar a bolsa da Dior que tinha visto outro dia. Mas, como demorou para se mover, Vita tirou mais notas daquela carteira. Ela parecia ciente da sua queda por dinheiro e, aparentemente, havia vindo preparada para uma rejeição.


— Por favor, não se preocupe com dinheiro.Tem mais de onde vieram essas notas. No quarto, tem uma mala com roupas para você: vestidos, casacos, calças, botas. Chanel, Dior, YSL, Louis Vuitton. Você me ajudou a escolher algumas peças.

— Eu?

— Mas acho que estava um pouco alterada, não parecia muito bem. Chorou um pouco.

— Chorei...?

— Sim. Parecia confusa. Frustrada. Eu te disse quem eu era, mas acho que não se lembra.

— Na verdade, eu... não me lembro exatamente. Mesmo.

— E nem lembra de como nos conhecemos antes. Você me intriga, senhorita Ríos — Ela disse, cruzando as pernas, se recostando no sofá e olhando Jude direto nos olhos — Costumo ser inesquecível para as minhas mulheres.


E Jude abriu o cinto do seu casaco, soltando os botões bem devagar, sem perder aquele contato visual com ela. Daí se despiu dele, e aquele vestido delicioso fez os olhos de Vita... escurecerem. A respiração deu uma leve acelerada no peito. Então, Jude pegou o dinheiro em cima da mesa, deu uma pequena conferida nas notas, devolveu-o pra cima da mesinha de centro e colocou sua bolsa por cima. Sentou-se em seguida e cruzou as pernas, bem devagar, porque queria aquela sensação de novo: a sensação dos olhos dela queimando em suas coxas. Queimaram, com toda certeza.


— Onde nos conhecemos antes?


Vita se inclinou e entregou uma das taças de vinho para ela. O aroma adocicado encheu seu olfato. Jude era extremamente sensível a cheiros, e aquele vinho parecia delicioso.


— Eu prefiro que você se lembre. E acho que vai lembrar, até o final da nossa noite. Porém, de fato, já nos conhecemos, e foi bem difícil encontrar você de novo. Mas, como não conseguia tirar você da minha cabeça, decidi que valia a pena o esforço. Apostei comigo mesma que ia te encontrar, te comer e te colocar na terapia toda quinta, às quatorze — Disse, e, finalmente, arrancou uma risada de Jude.

— Eu não preciso de terapia.

— É que você nunca esteve com você mesma quando está bêbada. Você mudaria de ideia, tenho certeza.

— Onde você mora?

— Em Nova York. Tenho uma empresa de tecnologia lá.

— Suzumi sabia disso tudo?

— Sabe. Nós duas tivemos uma longa conversa. Ela deixou claro que você me rejeitaria, e eu deixei claro que isso não aconteceria — Sorriso de canto de boca.


E Jude também sorriu.


— Você é muito confiante, não é?

— Você me achou gostosa. Gostou da minha voz. Não conseguiu CONVIVER com a ideia de ter um simples vidro nos separando.

— Eu estava intrigada.

— O que é muito bom, não?

— Vita... — Bebeu outro gole do seu vinho. Agora, seus olhos estavam totalmente adaptados e podia ver toda aquela beleza dela mesmo no escuro — Eu realmente não saberia o que fazer com você.

— Isso não é um problema, mesmo.

— Essa noite não está sendo barata.

— Dinheiro também não é problema.

— Espera, no meio da sua frase sobre terapia, você disse que ia me comer...?

— Eu disse. Com champagne e chocolate franceses — Vita tomou mais um gole do seu vinho e então, deixou a taça sobre a mesa. Recostou-se no sofá novamente, olhando Jude reto nos olhos, e, com uma profundidade densa, perguntou: — Posso te mostrar algo que talvez você goste?


Jude olhava nos olhos dela. E não conseguiu responder. Estava acontecendo novamente, um pensamento intrusivo querendo tomar controle de si.


— Por que está me olhando tão assustada? — Vita perguntou.

— Deve ser porque estou um pouco assustada mesmo. Essa noite não se parece nada com o que foi contratado.

— Claro que se parece — Disse, suavemente saindo do sofá onde estava sentada e vindo para perto da poltrona onde Jude estava. Vita colocou uma das almofadas do sofá no chão e sentou-se sobre os joelhos, muito perto dela — Sexo consensual é nossa única cláusula, não?


Jude sentiu uma pontada entre as coxas. Ela estava muito perto, praticamente ajoelhada na sua frente, e havia algo na forma como disse “consensual” que enviou arrepios para sua nuca. Seus seios enrijeceram também. Porra, estava ficando excitada mesmo ou...? Fazia tanto tempo que não acontecia que nem tinha como ter certeza.


Você é linda — Vita disse, correndo suavemente os dedos pelo rosto de Jude, tudo devagar, dando tempo a ela de rejeitar o toque caso quisesse. Mas Jude não quis. Vita era cheirosa, delicada, e o toque dela era... bom. Respeitoso — Quando eu te vi pela primeira vez, isso foi algo que me pegou muito. Eu já vi muitas mulheres bonitas, mas tem algo por você que é diferente.


E Jude a empurrou para trás, suavemente.


— Você quer mesmo me comer.


Ela riu, retomando a posição.


— Quero. Mas o que quero vale muito pouco hoje. Porém, quero muito te dar prazer — Disse, fazendo Jude respirar profundamente e apertar os lábios — Tem certeza de que não quer que eu te faça gozar? Experimentar algo novo não vai te machucar, e posso te pagar muito mais, por ser algo que... você não costuma fazer.


Os olhos penetraram entre as coxas de Jude, e era tão intenso que ela quase sentiu como se suas coxas estivessem sendo forçadas a se abrir.


— Um produto exclusivo, não?

— Um produto exclusivo. Numa noite exclusiva. Com uma mulher exclusiva.


Suavemente, Jude descruzou as coxas, deixando sua mini calcinha brilhar bem diante daqueles olhos angulados. E Vita salivou de vontade. Foi visível, notável. Podia apostar que o coração dela havia acelerado um pouco. Buscou os olhos de Jude enquanto, habilidosamente, enrolava as mangas da camisa de botões.


— Quero descobrir de onde vem essa sua confiança — E colocou seu stiletto no peito dela, deixando-a ver ainda mais da sua calcinha — Tira pra mim?

— Mesmo?


Vita segurou o pé dela e começou a soltar aqueles sapatos, enquanto, suavemente, foi deitando beijos pelo calcanhar dela. Muito suave, gostoso, sem pressa nenhuma. Fez isso com o pé direito e, então, repetiu no outro, da mesma forma. Mãos por aquelas pernas gostosas, olhos muito dentro dos olhos dela. Jude se deu conta de que, se estivesse fazendo o mesmo com qualquer homem, os dedos deles já estariam em sua calcinha com toda certeza: afoitos, sem jeito, sem sensualidade nenhuma. Mas Vita tinha sensualidade, se movia devagar, com a confiança de uma predadora que sabe que a presa não vai escapar.


Jude tinha consciência de que estava sendo predada: e seu corpo não demonstrava o mínimo sinal de que gostaria de escapar dali.


— Você é tão cheirosa — Acabou dizendo, fechando os olhos, sentindo as mãos dela começando a se mover suavemente para o seu vestido, subindo o tecido ainda mais pelas suas coxas.

— Você já disse isso antes — Vita disse e deslizou a boca pela coxa dela, bem devagar, fazendo Jude estremecer. A boca dela era uma delícia de sentir.

— Eu já disse?

— Já, no nosso primeiro encontro. Você — Vita deslizou o nariz por entre as coxas dela, sentindo o cheiro; tinha cheiro de excitação — me perguntou se eu não queria foder você, e foi bem difícil dizer não.


Jude passou a perna pelo ombro dela, puxando-a para mais junto, deixando-se ainda mais à mostra para ela, enquanto, de repente, um flash voltou à sua mente: alto-mar, um deck muito alto, muito vento, ninguém por perto, braços ao redor da sua cintura. Parecia a capa do seu livro preferido, e aquela mulher parecia muito com o CEO daquele romance.


— E por que você não quis? Teria sido bem mais barato — Disse, fazendo-a rir um pouco.

— Eu queria consensual. E você não estava em condições de conceder nada — Então, habilidosamente, Vita desgrudou a calcinha do centro dela, que estava densamente encharcado — Hum, alguém ficou bem molhada com a nossa conversa.

— Com a nossa conversa suja. Acho que fico inesperadamente excitada cada vez que você anuncia que vai me comer.

— Gostou dos meus anúncios — E, bem devagar, Vita enroscou os dedos pelas laterais da calcinha de Jude e foi puxando-a para baixo, assistindo ao fio gostoso de tesão se esticar conforme retirava. Tirou por uma perna, então pela outra e, sim, ela estava muito, mas muito molhada — Garota...

— Eu não estava tão bêbada naquela noite no navio.

— Hum, já está lembrando — Vita subiu o vestido dela ainda mais e deslizou os dedos pelo sexo, fazendo-a estremecer de novo. Sentindo, separou os pequenos lábios delicadamente, olhando sem parar.


Jude ficou toda quente e disparada. Que toque gostoso era aquele...?


— Me conta mais da nossa noite no navio.


Jude mordeu a boca, fechando os olhos, curtindo o carinho íntimo daqueles dedos.


— Você me abordou num bar. Estávamos só nós duas lá, era tarde — E Jude liberou um gemido. Estava tentando não gemer desde que Vita se ajoelhou na sua frente, mas agora não estava conseguindo mais. Ela separou seus pequenos lábios de novo e lhe penetrou com dois dedos, enquanto o dedão massageava seu clitóris, estimulando-a.

— Mais, Jude, eu quero ouvir mais.


Jude se agarrou no sofá, a parte baixa da sua cintura, empurrando-se para mais perto dela ainda. Caramba, aquilo era bom e estava enviando arrepios pelo seu corpo inteiro.


— Eu nunca tinha visto você lá. Já era o penúltimo dia — Jude gemeu de novo, suas pernas se abrindo ainda mais. O toque dela era gostoso, habilidoso. Suas pernas estavam se abrindo praticamente sozinhas, tendo espasmos.

— Eu havia embarcado naquele dia.

— Por que... por que eu esqueci?

— Essas coisas a gente precisa descobrir na terapia que vou te colocar. Conversamos no bar, e o que aconteceu?

— Acho que... não sei. Você quis subir?

— Você quis subir — Vita tirou os dedos de dentro dela, puxou-a pela cintura e a trouxe para sua boca.


E o toque daquela língua...


— Porra, Vita...! — Jude se agarrou nela, a parte baixa da sua cintura empurrando-se para ela em espasmos desenfreados, seu corpo inteiro disparado, como se mil volts estivessem cruzando por dentro da sua pele. Ela lhe lambeu, lambeu de novo e então chupou, gostosa demais, como quem prova algo que queria muito.

— Deliciosa, tão deliciosa quanto eu imaginava. Me diz o que você quer.

— Vita... — Estava se contorcendo de tesão. Por que ela só não lhe comia logo?

— Verbalize o que você quer.

Me come. Pega essa sua boquinha linda, com essa língua habilidosa, e come a minha buceta. Será que é possível?

— Interessante — Ela havia tirado a boca, mas seguia estimulando Jude com os dedos — Onde está a senhorita “não faço mulheres, não sou lésbica...”?

— VITA!

— É pra você continuar sem fazer mulheres. Eu vou ser a sua única mulher, entendeu?

Baby...

— Aparentemente, você entendeu — Jude sorriu e, sem dizer mais nada, Vita mergulhou para o meio das coxas dela.


Parte 3: Talk Dirty With Me


E a comeu, impiedosamente, atacando todos os pontos de prazer possíveis, tocando aqueles seios, aquelas coxas gostosas, sentindo aquela pele macia e aquele cheiro de perfume caro que existia por cada centímetro dela. Vita a comeu com longas chupadas, correndo a língua por Jude inteira, do clitóris à entrada, colocando a ponta da língua, querendo descobrir que gosto ela tinha mais intimamente. Tudo isso enquanto se livrava dos tênis, abria a própria calça. E depois de um gemido INSANAMENTE GOSTOSO, Jude tirou o próprio vestido, ofegante, toda disparada, porque estava muito quente, muito excitada. Precisava de pele, precisava de Vita e, assim que se livrou do vestido, suas mãos se agarraram nela, pela nuca, por aqueles cabelos mega hidratados, cheirosos, e aquela língua, pro, gostosa demais, deslizando pelo seu sexo, a tocando, a chupando, a sentindo, agora feroz, agora voraz. E as pernas de Jude... se fecharam numa chave de coxa no pescoço dela, o que a fez sorrir, se defender, a colocar bem onde queria.


— Eu não vou te torturar, você vai gozar logo — Vita disse, abrindo o sutiã dela em um segundo, a deixando completamente nua naquele sofá de couro, que fazia sons enquanto a comia, enquanto ela se movia, lutando contra os estímulos que estavam se espalhando pelo corpo dela, onde cada toque era erógeno, a deixava loucamente excitada.

— Me tortura, me come, me fode, não tenha pena de mim.


Se era o que ela queria…


Vita a manteve onde queria, alongando aquele orgasmo, pegando caminhos mais longos, mais dolorosos, colocando sua língua pelo corpo dela inteiro, tocando aqueles seios, estimulando-os, sentindo-os totalmente duros nos seus dedos. E então, tirou a língua de dentro dela e cravou seus dedos, colocando a boca no clitóris imediatamente, tocando, chupando, enquanto chamava o prazer por dentro dela, movendo seus dedos devagar, mas intensamente, esfregando o orgasmo por dentro dela. Dava literalmente para sentir se formando, as paredes quentes se fechando, algo crescendo, ficando enorme, e os gemidos de Jude também crescendo por aquele quarto, ficando mais altos, mais desesperados. E, quando ela achou que fosse gozar...


— VITA!

— De quatro, vira de costas pra mim, agora.


Jude obedeceu, virou de costas no sofá e Vita cravou a boca no clitóris dela, naquela posição, enquanto seus dedos encaixaram nela. Dois voltaram para dentro dela imediatamente, e o dedão...


— Não, Vita, não. Eu não...

— Eu juro que é gostoso.

— Mas é que...


Vita jogou uma mão para trás, para a carteira, pegou, tirou dinheiro lá de dentro e, sabe-se lá quantas notas, de repente, voaram para o alto, o que fez Jude rir.


— Você é maluca! — Se virou para ela, se agarrando nela, rindo — Maluca! — E, assim, Jude a beijou.


E o beijo mudou tudo.


Jude a beijou e Vita a pegou pela cintura, subindo com ela no sofá, colocando seu corpo contra o dela, alongando aquele beijo, aprofundando. Jude já estava completamente nua e começou a abrir a camisa dela, baixar o zíper da calça, o beijo sem parar, as notas que ela tinha jogado para o alto pousando por cima delas, numa chuva de dinheiro totalmente inesperada. Enroscou as pernas pelos quadris de Vita, tirou a camisa branca, jogou para trás. Os dedos tatearam buscando o abotoador do sutiã nas costas dela, encontraram, abriram com alguma dificuldade.


— Tira, tira a calça.


Vita deu um jeito de tirar, e Jude agarrou naquela calcinha mini, a puxando para perto, sentindo o cheiro, sentindo o quanto ela estava... molhadinha, anf!


— Você tem instintos, deixe que eles falem — Vita disse a ela, literalmente a vendo SALIVAR bem na sua frente. Ela a queria, é claro que ela a queria.

— Eu não confio nos meus instintos.

— Por que não? Confie, faz o que você quer, vai.


Jude arrancou a calcinha dela e não fazia ideia de como tinha sido, mas, quando deu por si, estava de joelhos diante de Vita e a chupando como se não houvesse amanhã.


— Ah, minha linda...

— Está bom assim? — Perguntou, as mãos explorando aquele corpo lindo, forte, pegando aqueles seios gostosos, a agarrando pela cintura, pela bunda. Vita era muscular, muito deliciosa.

— Instintivamente, continua, hum? — Acariciou aquele rosto bonito, sentindo seu corpo inteiro disparado por ela, precisando dela, ainda sem acreditar que a mulher dos seus sonhos estava finalmente entre as suas pernas e estava sim fazendo algo muito, mas muito bom. Os gemidos escalaram pela garganta de Vita e escorregaram pela boca. Aquilo estava muito gostoso, apoiou uma das pernas no sofá, ficando ainda mais ampla para ela e deixou uma fome que sabia que existia em Jude lhe devorar.


Jude a comeu de se lambuzar, comeu com fome, com desespero, uma curiosidade infinita, um tesão que não tinha limites, não conseguia conter, porque aquela mulher era tão estonteante que não tinha como resistir a ela, porque era tão gostosa que era injusto com a sua tão bem definida heterossexualidade, porque chupá-la daquele jeito era a coisa mais GOSTOSA que já tinha feito na sua vida. Ela começou a gozar, deu para perceber nas reações físicas daquele corpo forte, deu para sentir no gosto dela mudando na boca. Ela lhe apertou mais, mas não tentou guiar a sua boca, guiar o que estava fazendo. Vita deixou Jude livre e, quando se deu conta, estava gozando igual a uma maluca.


Gozou de estremecer, de arrepiar o corpo inteiro, gozou sentindo aquela dor saborosa que surge quando o orgasmo é muito bom, quando já tinha sido desejado muito e quando quem estava dando era uma mulher mais do que gostosa. A coisa mais sexy que Vita já havia visto na vida, que havia quisto comer imediatamente, mas que, inesperadamente, estava sendo comida por ela primeiro.


A agarrou pela nuca e a puxou para a sua boca imediatamente, totalmente suada, ainda com seu corpo inteiro reverberando aquele prazer. Mas, ainda não tinha acabado, aliás, mal haviam começado. Beijou aquela boca e a tirou do chão, a carregando para o quarto, onde a atirou na cama imediatamente, fazendo Jude rir.


Baby, você gozou?

— Essa sua boquinha linda foi feita para chupar mulheres. Eu só queria deixar você ciente disso. De quatro, linda, ok? De quatro. É a sua hora de gozar.


Jude apertou a boca e, muito, mas muito sexy, se virou, ficando de quatro, mas ainda olhando para ela.


— Faz como você quiser. E eu não quero o seu dinheiro, eu só quero você.


O tesão escorreu pelas coxas de Vita de novo. E então, habilidosamente, retomou de onde havia parado. Separou os grandes lábios e, então, os pequenos. Daí, deslizou dois dedos para dentro dela, a boca retomou onde estava antes e o dedão...


Jude se agarrou à cama, gemendo gostoso demais.


— Vai ser assim?

— Assim o tempo todo. Coloca os travesseiros sob você, se segura na cama, você vai precisar.


Jude ouviu as instruções e entendeu exatamente por que tinha recebido cada uma delas.


Vita a fez gozar e foi voraz. Ela a fez gozar, penetrando-a deliciosamente, chupando-a gostosa demais, com muita intensidade, enquanto o dedão a tocava em um lugar onde ninguém nunca havia tocado antes, criando uma pressão, uma obsessão. O corpo dela estava muito grudado ao seu, o joelho estrategicamente colocado sob o corpo, aumentando a pressão, o tesão, e aquela língua, aquele toque, aquela ideia que Vita tinha plantado na sua cabeça e que agora gritava pelo seu corpo.


Jude gozou como se uma descarga elétrica estivesse atravessando o seu corpo. Gozou estremecendo, tremulando, gemendo alto demais, sem controle nenhum. Seu corpo estava inteiro suado, a cama completamente molhada — de suor, de excitação. Seus cabelos estavam molhados, seus músculos doloridos e, após sentir o orgasmo mais intenso e mais longo da sua vida, a única coisa que queria era...


Me beija, me beija, me beija.


Vita beijou, beijou muito, continuamente, apertando-a nos braços, cheirando-a, sentindo-a com os dedos, com a boca, com a língua. Nenhuma das duas saberia dizer como, mas, quando se perceberam, estavam transando de novo. Agora, com Vita em cima de Jude, tocando-a intimamente, toda encaixada nela, se esfregando nela, um clitóris contra o outro. Aquela gostosa estava em cima do seu corpo, pressionando-a intensamente, deslizando pela sua intimidade mais do que molhada, altamente conectadas, olhos nos olhos o tempo todo, com beijos que não paravam, não cessavam. Era impossível pararem. Elas gozaram de novo e mais uma vez, de outra maneira, em diversas posições, sem bordas, sem nada proibido e, muito menos, não consensual. Jude quis aquela noite inteira, quis cada uma das sete vezes que gozou, e as outras todas em que a fez gozar. E então, elas pararam, meio que apagaram, dormiram provavelmente, e Jude acordou sendo beijada por ela.


Linda, você quer jantar?

— Eu... hum... — Ela havia beijado sua boca e descido os lábios pelo seu corpo — Quero, mas...

— Massa ou frutos-do-mar?

— É... massa.

— Ok. E quer que eu te chupe após pedir...?


Era exatamente o que ela queria. Então, Vita fez os pedidos e voltou para o meio das pernas dela, agora para fazê-la gozar devagar, delicadamente. Sabia que Jude devia estar sensível e até dolorida. Então, foi cuidadosa, e talvez seus dedos fossem realmente longos. Ela gozou, e foi bom, foi gostoso, foi suave. E aí, quis os braços de Vita.


— Me convença de que você não é maluca.


Ela riu.


— Eu não sei se não sou, mas faço terapia toda quinta, às quatorze. Eu... vasculhei aquele navio atrás de você, Jude. Eram, sei lá, cinco mil passageiros, umas oitocentas crianças, uns dois mil e duzentos homens, o resto, mulheres. Eu não sabia nada sobre você — Vita começou a contar, com Jude deitada em seu peito, recebendo carinhos — Não sabia o seu nome, de onde você era, qual era a sua nacionalidade. Eu só conhecia... o seu rosto. Não conseguia esquecer o seu rosto. Então, consegui alguém no navio que me mostrou todas as passageiras que estavam a bordo naquela noite, e eu olhei para mulheres aleatórias por umas três horas, até que você surgiu na tela. Jude Ríos, treze de novembro de noventa e cinco, natural de Medellín. Endereço informado? Tóquio! Como assim, você mora em Tóquio?


Ela sorriu.


— Foi só meu último endereço conhecido mesmo. Eu moro nas minhas malas, Vita. Sem endereço fixo, apenas indo de um país a outro, meio que sem ter para onde voltar. Quando quero voltar para algum lugar, eu volto para a Suzumi, em Miami, mas não é como se fosse uma casa ou algo assim.

— E por quê?


Jude respirou muito fundo.


— Eu morava em Medellín, mas meus pais se envolveram em negócios errados e, quando eu tinha dezoito anos, perdemos nossa casa. Por bem, pareceu melhor que a gente se separasse, cada um por si. Eu tinha visto para os Estados Unidos e acabei indo estudar em Miami — Era engraçado estar falando sobre aquilo. Jude nunca falava nada de pessoal com nenhum cliente, mas meio que... Vita não era uma cliente mais — Não sei muito bem como as coisas aconteceram. Eu tenho lapsos de memória, é algo real. De repente, essas memórias surgem, mas muitas delas ficam perdidas dentro da minha cabeça. Eu não sei como foi meu primeiro contrato, não lembro disso. Conheci a Suzumi porque precisava de alguém que pudesse me proteger, me dar garantias de clientes seguros. Ela trabalha numa agência de inteligência e vem de uma família com muitos contatos. Ela me apresentou aos meus primeiros clientes, mas não sei como tomei essa decisão. Tenho um objetivo e, quando chegar nele, quero abrir um negócio. Eu... estudei, tenho formação.

— Eu sei que tem. Se formou em Arquitetura de Sistemas, o que achei bastante sexy.

— Mas você é uma stalker! — Disse, rindo.

— Meio que sim. Se formou em Sistemas, mas fez pós-graduação em Moda. Acho que é o que você gosta, não é?

— Na verdade, eu gosto bastante. Vita, quando nos encontramos aqui...?

— Faz uns três dias. Você estava na mesma Dior que eu. Não estava te buscando, nem nada assim, você só... surgiu lá. E veio direto para onde eu estava. Notei que você não estava muito bem. Notei que não me reconheceu. Você me ajudou a escolher algumas peças.

— Incluindo o terninho que você estava usando hoje.

— Isso. E a calça também. Depois, me ajudou a escolher vestidos que são todos seus. Tem uma mala pra você ali no armário. Então, fomos comer alguma coisa, e você chorou bastante. Não estava mais presente, estava... presa em alguma coisa. Eu te levei pra casa, de novo, tal como te levei de volta para a sua cabine na nossa noite no navio.

— Por que você está aqui, Vita?


Vita a apertou nos braços, sentindo o cheiro dela profundamente.


— Eu vim buscar você.

— Você está aqui só...?

— Para levar você comigo.

— Mas, para onde?

— Eu não sei. Eu fiz uma mala pra você, com as suas marcas preferidas. Se você quiser, podemos ficar aqui uns dias e, depois, vamos para outro lugar.


Jude saiu do peito dela, a olhando nos olhos.


— Isso é sério?

— Muito sério. Quanto mais de dinheiro você precisa para a sua meta? Suzumi me disse que você tem uma meta.

— Meio que... cinquenta mil dólares.

— Eu dou pra você e você sai desse negócio agora. Faz as malas e vai para Nova York comigo.

— Você diz, a gente pode só...?

— A gente pode muitas coisas, Jude. A gente pode ficar aqui nesse hotel por uns dias ou pode sair daqui e fazer um cruzeiro juntas, onde vamos dividir a mesma cabine por dias, em alguma viagem exótica que você decidir. Você gosta do Sri Lanka? Talvez da Tailândia. Você realmente morou em Tóquio? Eu tenho um apartamento lá. Podemos pegar um cruzeiro que nos leve até Tóquio. E, de lá, podemos ir para Nova York. Tem tantos cursos de moda lá. Eu também amo moda. Podemos até fazer algo juntas. Gosto de estudar. O que você acha?


Jude sorriu, a beijando de novo.


— Eu acho que você é mesmo maluca.

— Mas você não gostaria? Podemos namorar. Ficar noivas. Essas coisas. Acho que estou apaixonada por você. Eu faço terapia certinho. Talvez tenha ficado obcecada por essa ideia de nós duas, mas você me achou uma gostosa.

— Você é uma gostosa. Eu nunca fui pra cama com ninguém assim. Eu nem gosto de sexo.

— Não gostava.

— É... acho que essa parte vai ficar no passado. Eu nunca tive uma noite assim, Vita.


Vita a beijou novamente.


— Era o objetivo. Eu queria que você percebesse que tudo aqui foi feito pra você.

— O carro, o vinho, os chocolates, o hotel.

— Cada pequeno detalhe dessa noite foi pensado pra você.


Jude sabia disso. Tinha ido ali para dar prazer e, de repente, tinha aquela mulher linda lhe propondo justamente o contrário. E agora, lhe propondo muito mais coisas.


— Você realmente não tem ninguém? Isso não é uma proposta para...?

— Você ser minha amante, algo assim? — Vita acabou sorrindo.

— Não é nada assim?

— Não é nada assim. Eu quero que você fique comigo, no meu apartamento em Tóquio ou no apartamento de Nova York. Não tenho ninguém, mesmo. Estava fazendo aquele cruzeiro sozinha, mas, quando te encontrei lá naquela primeira noite, mudei de ideia.


Olhos muito nos olhos. E bateram na porta do quarto.


— É o nosso jantar. Fica aqui.


Ela saiu da cama, vestiu um roupão, jogou aqueles cabelos lindos para fora. Jude se moveu devagar. Estava exausta, dolorida e relaxada como nunca. Encontrou um roupão, foi ao banheiro, colocou a banheira para encher e, então, Vita retornou com um carrinho de serviço e o jantar delas.


— Vamos comer e, depois, banho? — Ela perguntou, e Jude se dependurou no pescoço dela, a beijando muito longamente.

— Perfeito.


Fizeram assim. Jantaram juntas na cama, uma massa deliciosa, harmonizada com um vinho agradável. A conversa foi leve, divertida e, dentro da sua mente, Jude tinha certeza de que as outras conversas que já haviam tido tinham sido iguais. Não lembrava do que falaram nem no navio, nem na Orchard Road, mas lembrava... da voz dela. Do cheiro. Da presença. Achava que andava de coração partido desde aquele cruzeiro, mas se recusava a dizer isso em voz alta, pois não conseguia lembrar de quem teria partido o seu coração. Jude nem acreditava que tinha um coração funcional, mas, de alguma maneira...


Estava meio que apegada naquela maluca.


— Vita? — A chamou, quando já estava na banheira e ela havia ido buscar os chocolates lá fora.

— Oi! — Ela respondeu lá de fora.

— A gente se beijou?

— No navio?

— Sim, a gente se beijou? Eu meio que lembro de um beijo. Espero que tenha sido em você.


A ouviu rindo e, finalmente, ela surgiu no banheiro, trouxe os chocolates e entrou com Jude no banho.


— A gente se beijou nas duas vezes. Você me beijou.

— E o que eu disse antes de te beijar...?


Ela riu, lhe apertando nos braços de novo. Vita havia sentado por trás de Jude.


— Na primeira vez, você disse: “Eu não beijo mulheres. Se sinta privilegiada”.


Jude riu.


— Eu disse...?

— Aham. E, na segunda vez, você disse que estava com saudades de alguém. Eu disse que esse alguém era eu. Você riu e disse que esperava que sim. Você... esperava mesmo?

Jude se agarrou nos braços dela.

— Eu acho que é verdade, Vita. E acho que... quero o cruzeiro para o Sri Lanka. Depois, podemos ir pra Tóquio. Você está de férias, algo assim?


Vita sentiu o cheiro dela profundamente de novo. Não acreditava que a noite estava terminando bem assim.


— Eu posso trabalhar de qualquer lugar. Só preciso de uma conexão com a internet. Escuta, a gente vai se conhecer e você vai descobrir que eu não sou maluca. Só... fiquei apaixonada. E isso nunca havia acontecido antes. A gente faz o cruzeiro, fica uns dias em Tóquio e, se isso aqui continuar — disse, olhando para os dedos entrelaçados das duas — a gente fica junto. Não parece um bom plano? Melhor: pode ser um contrato.


Jude riu.


— Um contrato?

— Sim. A gente escreve tudo isso, assina, entra num navio e decide a vida depois da nossa lua de mel. Pode ser assim?


Jude se enroscou pelos braços dela.


— Pode ser assim. E eu vou parar de beber tanto, prometo — Disse, fazendo aquela mulher linda rir.

— Você pode beber só um pouco menos e ir à terapia.


Jude riu mais.


— Ok, eu consigo fazer isso.


Terminaram o banho, e Jude teve mais um apagão, mas achava que nem havia sido tão grave. Havia sido mais por puro cansaço. Achava que tinha dormido na banheira, mas, pela manhã, havia acordado naquela cama enorme, muito mal aproveitada, porque estavam utilizando apenas um pedacinho dela, já que estava inteiramente nos braços de Vita, totalmente grudada nela. E ela estava com o nariz perdido em seus cabelos.


Linda... — Vita a chamou.

— Hum?

— Aceita namorar comigo? Acho que não consigo mais dormir sem você. A gente podia adiantar algumas cláusulas desse contrato — Ela disse, a fazendo rir.


E, então, Jude se virou de frente e, olhando nos olhos dela:


Sim — Disse, e se abraçou em Vita profundamente.


Seu último contrato estava, oficialmente, assinado.

 


Notas da Autora para The Reira's Library: Tessa Reis


Hola, guapas e guapos! Como estamos?


Retornamos à biblioteca secreta de Reira Kato mais uma vez! O quarto conto veio direto da futurista e luxuosa Cidade de Singapura, onde encontramos uma Jude Ríos viciada em dinheiro, meio maluca, e uma Vita Aoki obsessiva e louca para dar um jeitinho nela. Hahaha! Curtiram a versão extra spicy do nosso quarto conto? Dizem por aí que tal conto Reira leu com Zoe enquanto elas voavam em direção a San Andrés, em um voo que foi, no mínimo, bem acalorado. 👀


Gente, queria dizer também que este conto 4 veio especialmente para o clube, uma vez que as metas de avaliação de Estilazo na Amazon ainda não alcançaram o nosso último marco de 600 avaliações. Mas este é o nosso dezembro especial, e queremos mimar os assinantes do nosso clube o máximo possível!


E sim, ainda vem um quinto conto por aí, outro extra superespecial. 😌


Por enquanto, voltamos no dia 15/12 com o capítulo 11 de Dentada. Ansiosos para descobrir se Tizu Kil será mãe de uma ninhada ou não? 🙂‍↔️


Besos,

La Guapa. 💋





1 Comment


Adriana Evangelista
Adriana Evangelista
Dec 14, 2024

Uau!!!!!!👀🔞 Perfeito!😚

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